Por: Rodrigo Fukunaru

1- O que a Web 2.0 pode mudar na realidade do pequeno e médio varejista?
Pela primeira vez as pequenas empresas podem competir em pé de igualdade com as grandes empresas. O mercado se tornou muito mais plano e igualitário. É a vitoria do talento sobre a disponibilidade de verba. Por meio da criatividade, uma empresa pode conquistar parcelas consideráveis de mercado e se tornar extremamente lucrativa.
2- Como estes varejistas podem tirar proveito da Web 2.0?
Tornando sua presença digital maciça. É preciso estar bem posicionado no Google, ter seu perfil com vários vídeos de produtos no YouTube, fotos no Flickr, apresentações sobre como utilizar o produto no SlideShare, página de fãs no Facebook, etc. Há muitas possibilidades, mas principalmente pensar em duas grandes variáveis: tráfego e conversão.
O Tráfego vem do Google, a conversão vem do próprio site (o quão mais confiável a marca parecer, maior será a conversão) e das redes sociais (quanto mais amigos estiverem indicando a marca, maior a conversão).
3- Criar sites de venda pela internet pode ajudar este público a conseguir força para crescer?
Um site é hoje, muitas vezes, o primeiro contato que o público-alvo tem com a empresa. O site precisa ser a empresa no seu formato digital. Site não é cartão de visitas, é o negócio da empresa reconstruído no formato digital em outro ambiente de negócios.
Um bom site ajuda a empresa a crescer e muitas vezes, se torna o principal negócio da empresa. Já vi acontecer com diversos negócios. Acabaram inclusive fechando a loja física para ficar só com o site.
4- Como estes pequenos varejistas, que vivem um cotidiano tão corrido, podem tirar proveito do grau de atividade do consumidor?
Ele tem a vida corrida porque inverte as prioridades. Ao invés de fazer uma bela campanha em redes sociais, prefere fazer um anúncio no jornal. Ao invés de contratar um jornalista para escrever conteúdo relevante no seu site, resolve contratar um profissional para fazer panfletagem ou outdoor. Ao invés de contratar um analista SEO, gasta tempo pensando em como fazer um anúncio na rádio local.
Ao invés de pagar contas via internet, vai ao banco. Ao invés de se aproveitar da sua comunidade de marca para vender mais para quem já é cliente, fica o tempo todo pensando em como conseguir novos clientes. E por aí vai.
O varejista tem que pensar que a sua mina de ouro está nos bits, não nos átomos. Os átomos são complementos.
5- Sem grande poder de investimento, como este empresários podem adequar os 8 P’s do Marketing Digital?
A maioria das ferramentas dos 8 Pês são gratuitas. O empresário tem que investir tempo em conhecimento, não comprando ferramentas. Google Analytics é gratuito, Facebook é gratuito, busca natural do Google é gratuita etc. Porém, para cada uma delas, é preciso dedicar tempo para estudá-las.
O empresário prefere investir dinheiro naquilo que já conhece (e que todos os outros concorrentes conhecem também) do que investir tempo para aprender algo que é gratuito (e que quase nenhum concorrente conhece) - aí é que está o diferencial competitivo.