terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Entrevista - Conrado Adolpho


Por: Rodrigo Fukunaru

Hoje trarei uma entrevista que realizei com Conrado Adolpho, para quem não o conhece ele é empresário, escritor, palestrante e consultor de internet 2.0. Atualmente é diretor da Publiweb, consultoria especializada em estratégias de negócio em ambiente digital. Tem formação em Engenharia Aeronáutica pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em Química pela Unicamp, marketing no IBTA, especialização em economia pela FIPE, MBA em estratégia empresarial pela BSP, é professor de pós graduação da ESPM-SP e é autor do livro “Google Marketing” livro que se tornou referência nacional em marketing digital.

1- O que a Web 2.0 pode mudar na realidade do pequeno e médio varejista?

Pela primeira vez as pequenas empresas podem competir em pé de igualdade com as grandes empresas. O mercado se tornou muito mais plano e igualitário. É a vitoria do talento sobre a disponibilidade de verba. Por meio da criatividade, uma empresa pode conquistar parcelas consideráveis de mercado e se tornar extremamente lucrativa.

2- Como estes varejistas podem tirar proveito da Web 2.0?

Tornando sua presença digital maciça. É preciso estar bem posicionado no Google, ter seu perfil com vários vídeos de produtos no YouTube, fotos no Flickr, apresentações sobre como utilizar o produto no SlideShare, página de fãs no Facebook, etc. Há muitas possibilidades, mas principalmente pensar em duas grandes variáveis: tráfego e conversão.

O Tráfego vem do Google, a conversão vem do próprio site (o quão mais confiável a marca parecer, maior será a conversão) e das redes sociais (quanto mais amigos estiverem indicando a marca, maior a conversão).


3- Criar sites de venda pela internet pode ajudar este público a conseguir força para crescer?

Um site é hoje, muitas vezes, o primeiro contato que o público-alvo tem com a empresa. O site precisa ser a empresa no seu formato digital. Site não é cartão de visitas, é o negócio da empresa reconstruído no formato digital em outro ambiente de negócios.

Um bom site ajuda a empresa a crescer e muitas vezes, se torna o principal negócio da empresa. Já vi acontecer com diversos negócios. Acabaram inclusive fechando a loja física para ficar só com o site.

4- Como estes pequenos varejistas, que vivem um cotidiano tão corrido, podem tirar proveito do grau de atividade do consumidor?

Ele tem a vida corrida porque inverte as prioridades. Ao invés de fazer uma bela campanha em redes sociais, prefere fazer um anúncio no jornal. Ao invés de contratar um jornalista para escrever conteúdo relevante no seu site, resolve contratar um profissional para fazer panfletagem ou outdoor. Ao invés de contratar um analista SEO, gasta tempo pensando em como fazer um anúncio na rádio local.
Ao invés de pagar contas via internet, vai ao banco. Ao invés de se aproveitar da sua comunidade de marca para vender mais para quem já é cliente, fica o tempo todo pensando em como conseguir novos clientes. E por aí vai.

O varejista tem que pensar que a sua mina de ouro está nos bits, não nos átomos. Os átomos são complementos.

5- Sem grande poder de investimento, como este empresários podem adequar os 8 P’s do Marketing Digital?

A maioria das ferramentas dos 8 Pês são gratuitas. O empresário tem que investir tempo em conhecimento, não comprando ferramentas. Google Analytics é gratuito, Facebook é gratuito, busca natural do Google é gratuita etc. Porém, para cada uma delas, é preciso dedicar tempo para estudá-las.

O empresário prefere investir dinheiro naquilo que já conhece (e que todos os outros concorrentes conhecem também) do que investir tempo para aprender algo que é gratuito (e que quase nenhum concorrente conhece) - aí é que está o diferencial competitivo.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Marketing Cultural

Por: Rodrigo Fukunaru

Um dos maiores desafios de um profissional de marketing, está em inserir uma personalidade a uma marca e posicioná-la na mente do consumidor é um trabalho de longo prazo, onde qualquer, pequeno, deslize pode colocar um projeto de anos em risco. Uma das formas de acoplar uma característica a marca é através do incentivo a cultura, o que chamamos de marketing cultural.

O marketing cultural é utilizado quando uma empresa quer comunicar ao seu target que valoriza e se preocupa com a cultura, como forma de melhorar a sociedade, seja pela elevação da qualidade de vida, seja utilizando uma linguagem cultural para causar impacto e conscientizar o público.

Na prática poderíamos substituir o termo “cultural” por “artístico”, assim teríamos uma visão real das ações empregadas por esta especialidade do marketing, mas como a terminologia já se tornou um jargão da profissão, vamos manter o padrão.

Utilizado também frequentemente para se construir um relacionado com a sociedade local ou com outro nicho de mercado, o apoio ou patrocínio cultural funciona como um diferenciador de marcas.

Em 1991 o Brasil deu um importante passo para incentivar e fomentar a cultura nacional por meio da lei Federal nº 8.313, conhecida como Lei Rouanet. Esta lei permite que uma empresa que patrocine uma atividade cultural, possa abater até 5% do seu Imposto de Renda, o que permite uma ótima estratégia de comunicação, onde a empresa destina um valor (5%) que seria obrigada a pagar para o Governo  de qualquer forma, para  vincular sua marca a uma determinada ação cultural, gozando de todos os benefícios listados acima e transformando assim, um custo em investimento.

Para maiores informações sobre os trâmites legais da Lei Rouanet, entre em contato envie um e-mail que lhe enviarei as informações necessárias.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

AMARketing – Uma declaração de amor!

Por: Rodrigo Fukunaru

Na grande maioria das entrevistas que tive o prazer de passar durante o período que o contrate-me está na rede, uma pergunta impreterivelmente vem a tona: Por que marketing?
E vou começar essa história assim...



Era uma vez um técnico em eletrônica que se apaixonou pelo marketing!
O marketing o pegou no contrapé com a possibilidade de interagir e agir, de entender e atender, de tomar parte do time que faz a ação, e não mais do que tem a reação!

Para este ex-técnico, o marketing não representa uma ciência, mas sim uma cultura filosófica organizacional, que guia a empresa através das armadilhas da anti-ética, do lucro fácil e a curto prazo, do desrespeito com o ser humano e com o meio ambiente.

O marketing e todo seu ferramental, não existem para induzir, ludibriar ou manipular. Sua função é agregar valor e comunicar este valor ao público. Toda e qualquer empresa que fez uso indevido destas ferramentas, tem sua queda proporcional ao seu apogeu!

Inserir o marketing no input do processo e deixá-lo moldar uma proposta de valor, que será entregue efetivamente ao cliente, é a única maneira de praticá-lo. Não deve haver ilusões, se encher de penas, não significa que você sabe voar! Utilizar uma ferramenta mercadológica, não significa que você faça marketing.

Para fazer marketing, é preciso comprometimento com a satisfação de TODOS os envolvidos no processo de troca, consciência do impacto futuro da interação com a sociedade e consequentemente da influência cultural exercida. Aquele que escolhe trilhar o caminho deverá entender que uma simples alteração no preço pode tirar ou permitir o acesso de milhares de pessoas e isso pode influenciar o futuro delas.

Ser um profissional de marketing é construir uma sociedade melhor através de uma busca incessante por soluções, é poder ver o brilho do marketing por baixo da fuligem deixada pelos aventureiros que poluem, e que felizmente se vão. É estar em meio a números, focado em pessoas, é buscar relevância, interação e paixão pelo que se faz, pelo que se entrega, e pelos que recebem esta miscelânea de solução.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A debandada dos profissionais de marketing

Por: Rodrigo Fukunaru

No último post conversamos sobre a profissão de analista de mídias sociais, e falamos como a debandada de aventureiros se proclamando especialistas, tem prejudicado e prostituído o mercado de marketing digital. Mas, temos que analisar também que sempre que temos um "efeito manada" focado em determinado segmento, não tardará para que outro setor se veja carente de mão-de-obra.

Podemos constatar isso atualmente nos departamentos de mídia, a falta de profissionais gabaritados para executar uma compra técnica de mídia hoje é brutal, é claro que o papel do profissional de mídia mudou drasticamente ao longo das últimas duas décadas, mas em nenhum dos dois perfis é possível encontrar mão-de-obra qualificada, ou seja, faltam profissionais que saibam embasar seus planos de mídias com argumentos concretos, que saibam calcular GRP, ponto de audiência, alcance e frequência, como também falta profissionais que estudem a sério os hábitos de consumo de mídias por nichos, análise estratégica de informações, novas mídias,  convergência, etc...

Ao planejar sua carreira profissional, levante a cabeça e tente vislumbrar por cima do burburinho da multidão e o instinto coletivo. Cruze seu perfil profissional com as necessidades do mercado, encontre opções de atuação e se prepare para elas, e boa sorte!

Sucesso!

Analista de mídias sociais

Por: Rodrigo Fukunaru

Depois de ex-BBB ,a profissão do momento é: Analista de Mídias Sociais. A ideia errônea de que um profissional dessa área, terá uma rotina de navegação tranquila pelas redes sociais, respondendo a eventuais contatos de clientes, desligando seu desktop cinco minutos antes de dar o horário e depois rumar para uma boa noite de sono em casa, tem atraído muitos turistas para nossa praia...

A realidade de um profissional de mídias sociais é bem diferente! Por conta da possibilidade de diagnosticar o ROI (Return of Investiment) de todas as suas ações na rede, a cobrança por resultados positivos em cima destes profissionais, costuma ser muito mais implacável. Aquele dito “profissional”, que mede seu desempenho pela quantidade de amigos, seguidores, followers, assinantes de feed, entre outros, já não tem mais espaço no mercado, da mesma forma como acontece com as mídias off-line hoje, que vêm buscando veículos que possibilitem estabelecer uma conversa com um nicho específico, entrar na internet para ficar no meio da multidão não faz mais sentido.

As redes sociais existem antes da internet e podem ser denominadas como um grupo de pessoas com, pelo menos, uma característica em comum. E para que se trabalhe com redes sociais é preciso que a pessoa atrás do teclado seja um ser sociável, pois como diz Cláudio Torres, “a internet é uma rede de pessoas interligadas, e não de computadores. O computador é a ferramenta que dinamiza o processo, only this!”

Outro grande erro que acontece nas redes sociais é tratar as redes como canais de vendas.Durante sua palestra no Campus Party 2011, o empresário Edney Souza, dono da agência Pólvora, apontou para o perigo de se tornar o “chato da rede”, podemos dizer que se a internet é constituída de uma rede de pessoas, você não quer muito contato com aquela pessoa que só se aproxima para lhe pedir dinheiro, ou lhe vender algo, não é?

Apenas ser um heavy user de redes sociais não te diploma como analista de mídias sociais, explore as ferramentas como de SEO e SEM (Robots, TagCrowd, PageRank, AdWords, Analytics, Twitter Search, Twitalyzer, SharedLikes e etc). Pense nas redes como profissional e não mais como usuário, entenda o público de cada rede, confeccione sua estratégia para abordar esses públicos, ouça, interaja e boa sorte!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Marketing de Guerrilha

Por: Rodrigo Fukunaru

No nosso último bate papo, conversamos um pouco sobre Buzz Marketing, estratégia que visa fazer com que as pessoas falem de forma “espontânea” de um produto ou marca, mas hoje iremos abrir um pouco mais a visão, para podermos perceber que o Buzz marketing compõe uma das estratégias do chamado: Marketing de Guerrilha.
O termo “guerrilha” teve inspiração na guerra dos Estados Unidos contra o Vietnã. O Vietnã um país pequeno, atrasado tecnologicamente e agrário, conseguiu se opor frente a grande potência imperialista, em uma guerra que durou 15 anos, durante os quais os EUA despejaram mais bombas, em toneladas, do que em toda Segunda Guerra Mundial.
Isso nos mostra uma lição fantástica para o mundo de fusões e compras, que vem caminhando para mercados em que duas ou três empresas dominarão seus segmentos de atuação. Neste mundo em que milhares de micro e pequenos empresários brasileiros têm se perguntado: Como competir com estes gigantes de mercado? E a resposta é: Faça como fizeram os vietcongs.
Os vietnamitas conheciam muito bem seu terreno, conheciam seus pontos fortes e pontos fracos bem como os dos inimigos, e utilizavam seus pontos fortes contra os pontos fracos do inimigo. Transferindo e adaptando este cenário para o mundo dos negócios, foram criadas estratégias como o: Buzz marketing. o Marketing de emboscada, o Marketing viral, etc...
A ideia do Marketing de guerrilha é trazer inovação para a forma de promover uma empresa, produto ou marca, saíndo das mídias tradicionais, onde as grandes empresas têm maior presença, e buscando impactar o cliente em lugares incomuns e de forma criativa.
No Marketing de emboscada, uma empresa pode usar por exemplo a entrada do evento de um grande concorrente, para distribuir brindes, ou ainda utilizar-se de um grande evento esportivo e colocar algumas pessoas uniformizadas com uma mensagem publicitária. No Marketing viral, sua empresa buscará criar uma mensagem que ao recebê-la, o consumidor sentirá um desejo enorme de compartilhá-la com os seus amigos, o humor cai muito bem nesse tipo de estratégia. Também podemos citar as Intervenções urbanas, como projeções de imagens em prédios na área de concentração do seu público-alvo, ou também, Mídias internas, como adesivação de banheiros, elevadores ou piso. O importante numa estratégia de guerrilha é o alinhamento entre a mensagem e a ação a ser desenvolvida, com as características próprias da empresa e do seu público. Caso queira receber uma lista de vídeos disponíveis na internet sobre ações de guerrilha, envie um e-mail para o endereço acima.

Sucesso!